Consumidor brasileiro não está disposto a abrir mão da Internet

A Internet é hoje uma das últimas opções de corte do consumidor, que não está disposto a abrir mão de ter acesso à Rede, aponta Pesquisa Consumo na Crise, realizada pela agência nova/sb com mais de 2.800 pessoas ao longo de 12 meses. De acordo com o relatório, a internet é ao mesmo tempo entretenimento, informação e ferramenta para economizar; tida como fundamental para o dia-a-dia da população. Segundo o estudo, a Internet é: - É uma das quatro principais conquistas de consumo dos brasileiros, nos últimos anos; - Se tiver que reduzir consumo, a internet é um das últimas opções de corte; - A visita a sites e aplicativos é uma das principais estratégias de pesquisa de preço, promoções, compra, busca de oportunidades de emprego; - Com o corte nas despesas com entretenimento fora de casa, a internet torna-se cada vez mais relevante como opção de lazer doméstico. “O consumidor está mais atento às possibilidades de economia, sobretudo em momento de crise. Ou seja, ninguém quer abrir mão de ter um smartphone e o utilizá-lo como estratégia de economia. Há ainda perfil de brasileiros que optou por atrasar contas de consumo como luz, água e manter o celular em dia para não perder oportunidades de ofertas”, destaca Bob Vieira da Costa, sócio fundador da agência nova/sb. Ainda segundo a pesquisa, a internet é uma das principais responsáveis pelo surgimento do perfil de consumidor chamado mundialmente de "smart buyer". Segundo estudo da nova/sb, representa hoje 49% dos brasileiros. Para estes, economizar não é sorte, mas uma habilidade. São homens e mulheres com mais de 18 anos, alta afinidade com pessoas das classes C e B e educação de nível médio. Eles planejam e controlam gastos através da incorporação de hábitos como fazer lista de compras e comparação de preços. “O smart buyer gasta tempo pesquisando preços e promoções antes de comprar, visita mais de uma loja antes de fechar a compra, utilizar redes sociais para compartilhar e buscar informações, é usuário compulsivo do Whatsapp para trocar opiniões, dicas e experiências sobre consumo e também reclama nos órgãos competentes e nas redes sociais para garantir seus direitos”, explica Sérgio Silva, diretor de Planejamento e responsável pela pesquisa da nova/sb. Silva é também professor de graduação e pós-graduação na FAAP e ESPM, em São Paulo.